maio 18, 2010

A quinta - Sexo Anal

Dessa vez vi algo sair do controle. Cedi a semana de descanso. Houve uma necessidade legítima de ser possuída não por outro homem, mas por aquele homem, por aquele ato, o sexo anal, o sexo anal com o Sr. Certinho. Eu só me maturbava pensando nisso. Arranjei tempo, planejei, dei desculpas. Por um momento pensei que isso poderia ser prejudicial ao meu relacionamento. Eu precisava daquele espaço. Mas depois relaxei, pois sabia que eu voltaria, claro que sim, voltaria para o meu amor.

O Sr. Certinho tinha os mesmo planos pra mim. Fomos ao mesmo motel, mas não houve beijos, preliminares. Mal fechou a porta do quarto e levantou minha saia, afastou a calcinha e foi com os dedos direto no meu cuzinho. Até chegar na cama já estava com todo tesão e mais que pronta.

Ele me pegou com força como da outra vez, de quatro, falava que queria meu rabinho e gozou bem rápido, e bastante. Aquilo me deixou com mais vontade. Fiquei me maturbando pra ele até ele se animar de novo. Pedi pra ele vir por trás de novo, por cima de mim, e eu deitada de bruços com as pernas juntinhas. Pedi pra ele meter devagar. Ele passou uma mão por baixo de mim e ficou massageando meu clitóris e perguntando se era assim que eu gostava. Gozamos juntos dessa vez. Foi uma das melhores gozadas da minha vida, intensa, serena, promíscua.

No dia seguinte voltei para o meu amor. Como das outras vezes, voltei melhor. Agora me masturbo pensando no Du, meu amado, penetrando meu cuzinho. Nunca fizemos sexo anal, mas sei que está próximo. Nas minhas fantasias já sei como quero. Tão romântico que chega a ser pervertido.

Já eu e o Sr. Certinho nunca mais seremos os mesmos, aquele casal de namoradinhos ingênuos que um dia sonharam com um mundo perfeito. Perfeito está assim, a vida cheia de enganos, verdades e surpresas.

maio 12, 2010

Ensaios e conclusões

Após mais de um mês de traições semanais, um descanso. E a vontade de racionalizar sentimentos. Mas são só emoções.

Descobri que não gosto do perigo, não traio pelo proibido. Não quero por meu relacionamento em risco. E isso me fez parar essa semana. Como disse anteriormente, o amante não faz sentido sem o oficial.

Também não traio por vingança, ele nunca me deu motivos para isso. Não o desrespeito, não penso nele como um corno ou nada assim, não saio com sensações de alma lavada. Pelo contrário, quando estou com outro procuro esquecer que ele existe, é um momento meu, íntimo. Tenho sentimentos de satisfação pessoal.

Du me dá todo suporte emocional, intelectual, sexual. Sinto que o que busco nos outros é apenas um ato, de pouca importância, que não vale riscos. Pode-se dizer que é frívolo, mesquinho, pequeno. Mas esses pequenos atos me acalmam, equilibram, e parecem tão fundamentais.

A namorada perfeita x a puta desclassificada

Ou apenas prazer. Luxúria talvez.

Exemplo: sexo oral. Não é sempre igual, mas é sempre bom.

O boquete no meu namorado é bom porque ele faz o melhor 69 do mundo, sempre me faz gozar naquela boquinha. No "bom de cama" é bom porque ele bate na minha cara e me chama de vadia. No Sr. Certinho é bom porque ele fecha os olhos, pega nos meus cabelos bem de leve e prefere gozar nos peitos. No "amigo com benefícios" é bom porque falamos a mesma língua no sexo, ele tem o pau maior que os outros e coloco fundo na garganta, fodendo-o com a boca bem molhada até engasgar.

O sexo oral é só a preliminar, tudo o que vem depois é também diferente com cada um e sempre bom. Porque eu escolheria apenas um?

Dizem que o sexo sem envolvimento é uma masturbação terceirizada. Assim que sinto.

Já o resto, o namoro, o dormir junto, dividir o mesmo teto, o passear de mãos dadas, o ir ao cinema, o jantar romântico, a viagem de férias, é sempre diferente, porém não é bom com qualquer um. É bom com ele. Assim como o comprometimento, o compreender, o ser flexível diante de adversidades, o apoiar até em momentos difíceis, o aguentar a sogra, é só pra ele.

O que vem agora? Isso tem fim? Acredito ser possível, é uma fase que pode ser passageira. Pensei até que possa ser medo de me envolver demais, medo de sofrer, medo de perder a liberdade, a paz, medo da entrega total.

Talvez quando ou se eu sentir que é pra valer, da parte dele e da minha, talvez pare.

Por enquanto essa necessidade que sinto é positiva.

maio 11, 2010

A terceira e quarta - Sr. Certinho

Era domingo a tarde, dia de jogo, e lá foi Du com os amigos para o futebol. Em outros tempos eu reclamaria, me sentiria menos amada, ligaria de 5 em 5 minutos até. É com orgulho que hoje sou a melhor namorada que já fui pra alguém. Vejo a felicidade dele quando eu digo: "Vai sim meu amor, marquei de ir ao shopping com minhas amigas. Somos maduros e respeitamos a individualidade um do outro, isso me faz tão feliz!".

Era também dia do aniversário de um ex-namorado. Liguei pra dar os parabéns, ele perguntou se ganharia presente, e eu disse que estava passando lá. Fui pega um pouco de surpresa, pois não imaginei que seria tão fácil já que estavamos sem nos falar há tempos, desde o dia que saí de lá em meio a uma briga das feias. Enfim, até terminar de me arrumar já tinha passado o primeiro tempo do jogo. Cheguei apressada (mas toda produzida), ele convidou para sentar no sofá da sala, cheio de formalidades, e eu respondi que só sentaria se fosse no pau dele, já partindo para o ataque.

Foi engraçado, ele sempre tão correto, ficou espantado e também me surpreendeu com uma postura que em 2 anos de namoro eu nunca havia visto. O problema é que não dava tempo pra mais nada, eu tinha que sair de lá em 10 minutos. Foi o tempo para um sexo oral que ele também nunca tinha me visto fazer. Abri o portão e parti.

Ele me ligou e após esclarecidos os fatos, inclusive sobre meu atual relacionamento, outra surpresa, o senhor certinho aceitou, e nos encontramos novamente em outra tarde para terminar o que havíamos começado. No motel. E continuamos nos surpreendendo.

Na semana seguinte nos encontramos novamente no mesmo motel. Quando eu já estava me arrumando para ir embora Sr. Certinho chega por trás me puxando pelos cabelos e me coloca de quatro na beira da cama. Sexo anal. O primeiro entre nós. Sem perguntas, sem permissão, sem muito tempo, sem vasilina. Apenas gemidos altos e gozo, dentro.

Essa terceira traição foi a que mais me intrigou. Eu havia terminado esse namoro porque o sexo era muito frio, quase que metódico. Pelo menos era assim que eu me sentia. Será que nunca havíamos nos conhecido de verdade até então? Ou mudamos? O que fez tudo mudar? Minha postura, o fim do respeito que ele tinha por mim, o início, a falta de comprometimento, a distância? Ainda não sei, mas pouco importa, afinal está bem melhor assim.